Estudo Bíblico - Carta aos Hebreus 2: 5-18 - O autor da nossa Redenção.



Estudo Bíblico - Carta aos Hebreus 2: 5-18
 

O Autor da nossa Redenção.

E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo;
E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.


Hebreus 2:14,15

Introdução.

 

    O autor aos Hebreus continua com a mesma convicção já tratada no capítulo anterior. Sua meta é demonstrar que Jesus é superior aos anjos. Isso se torna claro quando observamos que o autor faz questão de enfatizar que Jesus é o filho, e os anjos são servos; Jesus é o Rei, e os anjos seus súditos; Jesus é o criador, e os anjos são criaturas; Jesus é o Salvador da Igreja, e os anjos são ministros que servem a igreja. Sendo Jesus superior aos anjos que trouxeram a revelação da lei aos homens, espera-se agora daqueles que receberam o testemunho do Filho de Deus que encarnou, viveu entre nós, morreu, mas ressuscitou ao terceiro dia uma firme convicção e apego as verdades reveladas pela palavra e testemunho de Jesus. Não há desculpas para quem negligenciar tal testemunho, e o argumento é esse: se a palavra dada por meio dos anjos esteve firme, e todos aqueles que a desobedeceram receberam justa punição, como escaparíamos nós? Se não levarmos a sério tão grande salvação?

 

Restauração do domínio perdido pelos homens.


v. 5-9.

 

    Citando salmo 8, o autor aos Hebreus ressalta a posição exaltada conferida ao homem na criação. Feito a imagem e semelhança de Deus foi coroado de glória. Ser coroado de glória demonstra aqui a mais alta posição outorgada ao homem dentre todo o mundo criado.

    Deus colocou o homem como administrador de toda a criação. Sujeitou todas as coisas ao seu domínio e destinou o homem a governar o mundo por ele criado.

    O homem, porém, caiu e perdeu o seu domínio sobre tudo aquilo que Deus havia colocado em suas mãos. Sua coroa foi tomada, sua honra fora manchada. Sua relação com a obra criada, animais, terra e mares agora só lhe trazem dores e sofrimentos. Por causa do pecado, não vemos mais todas as coisas lhe sendo sujeitas.

    A imagem de Deus refletida no homem na criação também fora duramente afetada pela queda. O homem tornou-se um ser perverso, egoísta e alienado; seu pecado o afastou tanto de Deus, seu criador, que agora ele se vê escravo de um fim terrível, chamado morte. A morte foi a dura penalidade do pecado cometido por Adão, e passada a toda sua descendência; sua descendência agora está sujeita a escravidão do pecado, do juízo e da morte.

    Mas quando tudo parece perdido, Deus envia ao mundo Jesus, o homem perfeito, o segundo Adão, para restaurar tudo o que fora perdido. Jesus não veio apenas para restaurar a imagem perdida, mas também para dominar o mundo, tanto no presente como no porvir. Levar a humanidade a uma posição de domínio nunca antes experimentada, é um dos propósitos da encarnação, assim Jesus cumpre o que o primeiro Adão não conseguiu, recuperando para si o domínio, e a sujeição de todas as coisas para debaixo de seus pés (Ef. 1.20-23). Fato que o autor da carta faz questão de deixar bem claro, é que essa honra não fora dada a anjos, mas a Jesus v.5.

 

V.9

 

    Toda essa restauração só foi possível porque Jesus se sujeitou a um estado de humilhação, ou seja, enquanto encarnado achou-se em forma de homem, sofrendo e padecendo as mesmas aflições que nós passamos. O autor nos diz, que por um pouco de tempo foi necessário que o Filho de Deus se torna-se menor que os anjos, padecesse sofrimento e morte de cruz, para se tornar um substituto do homem era necessária tal condição. Sendo assim, Jesus foi ao mesmo tempo filho de Deus e filho do homem, como nosso representante e substituto, ele experimentou em nosso lugar a morte, e assim, alcançou para nós a glória que Deus havia prometido ao homem. A experiência tida pelo nosso redentor em sua morte vicária, superou o maior grau de dor, sofrimento e desespero já experimentado por um ser humano. Sua morte não pode ser equiparada a de um mártir, logo que, sem pecado Jesus não merecia a morte, não merecia o sofrimento, mas por um ato salvador ele se entregou a si mesmo pelo resgate de muitos. Seus sofrimentos nos conduzem a glória e ao aperfeiçoamento, Jesus experimentou o sofrimento por todos aqueles que viriam a ser conduzidos por Deus a salvação.

v. 10-13.

     Jesus é quem abriu o caminho para Deus, e levou consigo muitos filhos á gloria. A sua participação na nossa humanidade nos proporcionou a possibilidade de transformação através da santificação. Ele nos santifica, muda nossa vida a ponto de sermos reconhecidos como irmãos. Todos aqueles que creem são chamados tanto de irmãos como de filhos, somos conduzidos assim ao céu com uma multidão de seus santos.

v. 14-18.

     A humanidade de Jesus foi fundamental para que ele pudesse se tornar um de nós em carne e sangue. Ser nosso irmão. Só assim ele poderia aniquilar a autoridade daquele que tinha o domínio sobre a morte e libertar seus cativos. Identificando-se com o pecador Jesus pode assumir seu lugar, como representante, fiador, e substituto, mas precisou morrer porque o salário do pecado é a morte. Ao morrer, Jesus destronou aquele que detinha o poder sobre a morte, a saber o diabo. O aguilhão do pecado fora removido e seus filhos já não precisam mais temer a morte.

    O autor da carta aos Hebreus mais uma vez faz questão de enfatizar que esse sacrifício não se destina-se a anjos, mas sim, “a descendência de Abraão”. São esses que precisam de socorro, redenção e salvação. Foi para ser um redentor de homens, que ele teve que também ser um verdadeiro homem, em todas as coisas semelhante a nós. Jesus sentiu frio, fome, sono, medo e todos os sentimentos e angústias que o ser humano pode sentir mas não teve pecado, e isso o qualificou como nosso representante perfeito.

    Sendo homem de dores, Jesus pode ser sim, um sacerdote misericordioso para conosco. Ele sabe, e entende todas as nossas dores e dificuldades. O autor é bem claro no v.18 em afirmar que Jesus pode nos socorrer naquilo que ele mesmo sofreu, quando nós estamos sendo tentados temos um representante fiel a quem podemos pedir por socorro. Não precisamos nos desesperar como se não houvesse ninguém capaz de se compadecer por nós nas nossas aflições, quando parecer que ninguém mais nos entende, Jesus está por perto dizendo: Eu sei o que você tem passado e posso te socorrer. Oh Glória!!!


Jesus é o nosso sumo sacerdote! Alguém em quem podemos confiar e pedir por ajuda na hora da tentação!


Deus te abençõe!

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